Atualmente, Capela é famosa pela sua Festa de São Pedro, onde centenas de foliões buscam nas matas próximas à cidade e erguem numa das praças um "mastro", árvore escolhida para levar em seus galhos superiores prêmios que serão posteriormente disputados em meio a uma "guerra" de rojões.
Festa do Mastro, tradição cultural de Capela
Estes prêmios são ofertados pelo comércio local, sendo captados no evento conhecido como "Sarandaia", que ocorre no 1º dia do mês de junho, quando um habitante local, travestido de "baiana", passa de porta em porta acompanhado por banda de pífanos e foliões.
Ao cair da noite, uma imensa fogueira é acessa aos pés do mastro e, enquanto este queima, é travada uma "guerra de espadas", "busca-pés" e "limalhas", todos derivações de rojões. Assim que o mastro cai os "combatentes" se lançam sobre ele à cata dos tais prêmios.
A Bica de Capela, nascedouro de águas límpidas e gélidas
Outra diversão para os moradores da cidade é a "bica", nascedouro de águas límpidas e gélidas, localizada numa belíssima área de mata protegida.
Algumas lendas e a festa do mastro
Em Capela existe uma série de lendas, muitas festas folclóricas e a principal Festa do Mastro:
Lenda da bica
Os índios das tribos Tupã e Tupinambás eram inimigos. O cacique dos Tupã tinha uma linda filha, Bica, que se apaixonou pelo filho do cacique Tupinambá, o Beca. Um amor proibido, impossível. Um dia, os dois jovens índios foram flagrados pelo pai de Bica. Beca e Bica foram mortos e no lugar onde isso aconteceu nasceram minadores de água límpida. Acredita-se que a água sejam as lágrimas dos índios assassinados.
Lenda da Igreja do Amparo
Acredita-se que do Cruzeiro até os fundos da Igreja Nossa Senhora do Amparo, à meia-noite, se alguém colocar o ouvido no chão ouve barulho forte de água corrente. Uns acreditam ser uma "perna" do Rio São Francisco.
Festa do Mastro
A Festa do mastro surgiu em 1939 por iniciativa do Sr. Carlos Campos, Napoleão, Anderson Melo (Derson), João Nelson de Melo e outros. No dia 29 de junho, junto com seus irmãos e amigos, fez uma festa simples na Rua da Palmeira. Os anos passavam e a festa crescia. Na noite de 31 de maio, o grupo folclórico da Sarandaia sai pelas ruas para acordar São João e pedem prêmios para serem pendurados num mastro que será arrancado na Festa de São Pedro. No dia 28 de junho um homme vestido de baiana também sai pelas ruas pedindo prêmios para colocar no mastro. No dia 29, pela manhã, a multidão sai para a mata do junco, buscar uma grande arvore que é marcada no dia de Corpus Christi. A árvore é levada num cortejo para a cidade. A lama é ingrediente básica da festa. À noite tem a queima do mastro, aonde ocorre à guerra de busca-pés. Quando o Mastro tomba os prêmios são coletados. A tradição e a festa encerram com bandas na praça de eventos.